Os médicos da rede estadual decidiram se manter em greve após assembleia na noite desta quinta-feira (5), mesmo sendo notificados de uma decisão judicial que considera a paralisação ilegal e estabelece multa de R$ 80 mil para cada dia sem funcionamento normal.
Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos (Sindimed), José Caires, a decisão foi expedida hoje e o pegou de surpresa, mas mesmo assim os médicos votaram pela continuação da greve. "Ainda não tivemos nenhuma proposta", diz.
A decisão e a multa foram estabelecidas pelo juiz Mário Augusto Albiani Alves, da 8ª Vara, a pedido do procurador do estado Caio Druso de Castro. Segundo o diretor-financeiro do Sindimed, Deoclides Cardoso, a sentença já foi repassada ao setor jurídico do sindicato, que vai recorrer da decisão.
Nesta sexta-feira, os médicos fazem uma passeata às 14h, com concentração no Campo Grande, e no mesmo horário uma equipe da liderança do Sindimed irá se reunir com o secretário Jorge Solla. "A gente vai ouvir e vai apreciar a proposta que ele apresentar provavelmente em nova assembleia", diz Cardoso.
Durante a greve, os médicos estão atendendo somente casos de emergência. Dentre as exigências da categoria, os médicos pedem melhoria das condições no que se refere à precarização dos contratos de trabalho, aos baixos salários e ao cumprimento do artigo 32 da lei 11.373/09, que instituiu o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento – PCCV.
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