quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

IBGE: 6% da população brasileira mora em favelas


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, como parte do Censo Demográfico 2010, os primeiros resultados sobre os aglomerados subnormais no País. Conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos ou palafitas, essas áreas abrigam os lares de 11.425.644 pessoas, 6% da população brasileira.

O estudo feito pelo IBGE mostra que 5,6% (3.224.529) do total de domicílios brasileiros estão localizados nessas áreas. Em todo o País foram identificadas 6.329 favelas espalhadas em 323 municípios.

A região Sudeste, a mais populosa do País - com 77,6 milhões de habitantes -, era a que concentrava o maior número de lares dentro de favelas, 49,8% do total no País, com maiores incidências nos Estados de São Paulo (23,2%) e Rio de Janeiro (19,1%). Em seguida aparece o Nordeste, com 28,7%, Norte, com 14,4%, Sul, com 5,3%, e o Centro-Oeste, com 1,8%.

Apesar do Sudeste concentrar a maioria dos domicílios localizados dentro de comunidades, apenas duas das cinco favelas mais populosas do Brasil estão lá. Ambas são da cidade do Rio de Janeiro: Rocinha, com 69 161 habitantes, a maior do Brasil; e a Rio das Pedras (54.793 habitantes), que aparece em terceiro lugar.

A segunda maior favela do Brasil é a Sol Nascente, na região administrativa de Ceilândia (DF), com 56.483 habitantes. A quarta e quinta posição são ocupadas por áreas do Nordeste e Norte do País. São elas: Coroadinho, em São Luis (MA), com 53 945 habitantes, e a Baixadas da Estrada Novas Jurunas, em Belém, com 53.129 habitantes. Entre as favelas paulistas, a de Paraisópolis, na capital, aparece em oitavo lugar, com 42.826 moradores.

Conforme o estudo, nem sempre as maiores favelas do Brasil estão nas regiões onde foram registrados os números mais altos de domicílios dentro destas comunidades.

Isso pode ser explicado pela forma como os "aglomerados subnormais" - conforme define o IBGE - estão divididos. Para se ter uma ideia, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que possuem o maior número de domicílios em favelas, se desencontram totalmente no tamanho dessas comunidades.

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