sexta-feira, 23 de março de 2012

PM reforça efetivo na Rocinha após confrontos com o tráfico


A secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro deu mais um passo no processo de ocupação da Rocinha, maior favela do País, para a futura instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Nesta sexta-feira, 130 policiais militares recém-formados, sendo 46 mulheres, passaram a integrar o efetivo da comunidade, há quatro meses ocupada pelas forças de segurança.

Dentre a própria Polícia Militar e o Batalhão de Choque, junto do Batalhão Florestal, Regimento de Polícia Montada (para avançar a cavalo pontos de difícil acesso), além de oficiais do 23º BPM do Leblon (policiamento de entorno), são agora mais de 300 homens na Rocinha.

"Estes 130 novos policiais vão realizar o trabalho deles a pé pela comunidade. Queremos ampliar o trabalho de aproximação com os moradores e minimizar, com isso, os boatos que tentam enfraquecer a nossa presença", explicou o coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social da PM, na cerimônia de chegada dos novos policiais.

Nos últimos dois meses, diversas situações de confronto com o tráfico no local colocaram em xeque o processo de pacificação. De acordo com a PM, em dois meses, foram 30 suspeitos presos, um a cada dois dias. Somente nesta semana, segundo dados da corporação, foram oito pessoas presas, além de sete pistolas, três revólveres e três granadas apreendidos.

"Essas últimas atividades evidenciam uma tentativa de manter o comércio (de drogas), mas não há presença ostensiva de traficantes, nem pessoas armadas circulando pela comunidade. Por 40 anos o tráfico esteve aqui e esse processo de reconquista está em curso, em quatro meses muita coisa mudou", salientou o coronel Caldas. "Sabemos , no entanto, que essas atividades criminosas enfraquecem o nosso trabalho, daí nossa reação", completou.

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