O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta
quinta-feira que não existe uma crise na segurança pública do Estado
como resultado de mais de uma centena de mortes por disparos de arma de
fogo em homicídios na região metropolitana da capital, sendo 92
policiais militares desde o início do ano.
Citando a taxa de óbitos por 100 mil habitantes, disse que São Paulo
tem "o melhor índice do Brasil" e que não levar isso em conta é uma
"campanha contra o Estado". "O Estado tem tamanho de país! Aqui é maior
que a Argentina! A região metropolitana é a terceira maior metrópole do
mundo, aqui tem 22 milhões de pessoas. Então você tem que dar o
devido... senão cria uma situação injusta, quase como uma campanha
contra o Estado e isso não é possível", declarou nesta manhã após citar
quantidade de homicídios versus população.
Para o governador, as mortes são a reação do crime contra as
operações de combate ao tráfico de drogas e afirmou que a polícia não
pode "deixar de cumprir seu papel" por causa desta reação. Ele afirma
que a inteligência policial definiu 14 pontos estratégicos para conter a
entrada de drogas e armas e disse que estas ações terão início nos
próximos dias.
Alckmin fez as considerações ao ser questionado por jornalistas
presentes ao evento de lançamento de um edital para a construção do
prolongamento da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM), que deve ser aumentada desde Jurubatuba até a
região de Parelheiros, no terminal Varginha. O governador tem encerrado
as entrevistas coletivas logo após ser questionado sobre a onda de
violência, sempre citando a operação conjunta da Polícia Civil com o
governo federal, já em andamento.
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