A proporção da receita tributária
média em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todas as
riquezas produzidas em um País -, foi 19,4% em 15 países
latino-americanos em 2010. Enquanto no Brasil, o percentual passou de
28,2%, em 1990, para 32,4%, em 2010. O percentual brasileiro ficou
próximo ao dos países integrantes da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 33,8%. Na América Latina, o Brasil
perdeu apenas para a Argentina, que registrou 33,5% do PIB.
A
informação consta no relatório Estatísticas Tributárias na América
Latina, elaborado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe
(Cepal), pela OCDE e pelo Centro Interamericano de Administrações
Tributárias (Ciat). O documento foi divulgado nesta terça-feira.
Na
avaliação do secretário executivo do Ciat, Márcio Ferreira Verdi, a
carga tributária no País não é alta diante das necessidades
(investimentos nas áreas econômicas e sociais) do País, mas é preciso
melhorar a qualidade da tributação indireta, especialmente as regras do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Também tem
espaço para melhorar a tributação direta, promover maior formalização e
buscar também a simplificação", disse Verdi.
Ele
acrescentou que o Brasil pode reduzir os impostos incidentes sobre o
consumo e aumentar sobre a renda. "A tributação no Brasil hoje está de
acordo com as necessidades, mas é preciso melhorar a qualidade", disse.
Segundo Verdi, na América Latina, a tributação sobre o consumo tende a
agravar a injustiça social.

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