Francisco Araújo Silva Júnior, de 23 anos, está internado no Hospital
Municipal de Serrinha desde domingo (11). Ele sofre com a obesidade
desde a infância, mas segundo a família, nos últimos anos a situação
piorou. Como o hospital não dispõe de uma balança adequada, não se sabe
exatamente o peso de Francisco, mas os médicos estimam que ele tenha
mais de 260 quilos. A estimativa é baseada na última pesagem de
Francisco durante o tratamento feito em um hospital de Salvador.
Desde domingo, ele está sendo mantido no quarto de isolamento do
hospital, com máscara de oxigênio, soro e sonda. A perna direita dele
está fraturada. A mãe de Francisco tem esperança de que algum hospital
da capital ou de outro estado possa resolver a situação do filho.
"Ele precisa de um encaminhamento para um hospital que tenha uma
infraestrutura e que possa recebê-lo. Nós não temos suporte de Unidade
de Terapia Intensiva (UTI). Ele precisa fazer uma cirurgia bariátrica.
Ele está com acompanhamento médico, recebendo medicação, mas isso só não
é suficiente. Ele precisa passar por um procedimento cirúrgico",
afirma Teobaldo Santana, diretor administrativo do Hospital Regional de
Serrinha.
Segundo a Sesab, o médico de Serrinha solicitou um leito clínico para
internar o jovem em um hospital do estado que possa oferecer o
tratamento que ele precisa. Até por volta das 16h45 desta terça-feira,
essa unidade de saúde ainda não havia sido definida pela Central de
Regulação do Estado.
A história - A mãe de Francisco, Maria Aurizete, conta que ele
começou a engordar aos nove anos de idade. "Até aí era tudo normal. Ele
começou a engordar como todas as crianças, mas aos 12 anos ele já era
muito gordo, muito mais do que os colegas. Eu achei tudo isso estranho
porque quando pequenino ele era muito magrinho, ninguém nem esperava
vida nele. Ele não tinha força nem para puxar o leite", disse.
De acordo com a mãe, o jovem já ficou internado por cinco anos em
Salvador. "Aos 16 anos ele fraturou a perna direita, fez cirurgia e
depois disso ele parou de mexer a perna. Ele anda de cadeira de rodas,
mas é muito difícil sair com ele porque onde eu moro a rua não é
asfaltada, então eu não tenho como sair", revelou.
A mãe conta que não tem condições financeiras para pagar o tratamento
adequado para o filho. "Eu nunca abandonei ele. Eu não tenho dinheiro
para poder arcar com esse tratamento. Eu vendo roupa que minha irmã faz.
Eu recebo um auxílio porque minha outra filha tem problemas, ela tem
depressão, mas eu não tenho dinheiro para comprar remédios e o município
não dá", afirma.
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