A internação de Pelé no Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, durou menos de uma semana. Na tarde desta quinta-feira, o Rei do Futebol recebeu alta dos médicos e se emocionou no primeiro contato com os jornalistas que estavam no local.
- Eu não imaginava que o povo brasileiro tivesse toda essa preocupação comigo - declarou, sem controlar as lágrimas.
Sempre atento ao futebol nacional, Pelé lamentou bastante o fato de não poder ter participado do amistoso entre o Brasil e a Colômbia, disputado em Nova Jersey, nos Estados Unidos, na última quarta-feira, e que terminou com o empate de 1 a 1.
O ex-jogador havia sido convidado pela CBF para dar o pontapé inicial da partida, que representou o jogo mil da história da seleção brasileira. Apesar da frustração, Pelé acompanhou o jogo e defendeu o atacante Neymar, que desperdiçou cobrança de pênalti que poderia ter dado a vitória ao time de Mano Menezes.
Aos 72 anos, o ex-jogador teve de passar por uma cirurgia no quadril no último sábado. Para o ortopedista que o operou, o procedimento foi necessário para reparar os efeitos do esforço de uma vida ativa.
– O Pelé tinha um desgaste da articulação que chamamos de artrose, em que você vai consumindo a cartilagem tanto da cabeça do fêmur como do encaixe da bacia. Isso é fruto de toda essa atividade física dele durante anos e anos. Ele sempre esteve ativo, com futebol, tênis e tudo mais. Parte dessa conta vem desses mil e tantos gols e a atividade que ele sempre manteve depois de tudo isso – disse o médico Roberto Dantas Queiroz.
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