sábado, 19 de janeiro de 2013

Funcionário não via Walmor depressivo; polícia crê em suicídio

A Polícia Civil em Guaratinguetá investiga as causas da morte do ator Walmor Chagas, 82 anos, encontrado morto com um tiro na cabeça no final da tarde desta sexta-feira (18), em seu sítio localizado na estrada de Montes Verdes, área rural da cidade, que fica no interior de São Paulo. Embora não descarte outras possibilidades, a principal hipótese da investigação é de que ele tenha se suicidado, devido às circunstâncias em que seu corpo foi encontrado, apesar de o artista não ter dado sinais de que tiraria sua própria vida, segundo relatou aos investigadores José Arteiro de Almeida, funcionário que trabalhava há 30 anos com Chagas e o encontrou morto.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o corpo de Chagas foi encontrado pelo funcionário por volta das 17h, que chamou a Polícia Militar. O ator estava na copa da casa, com uma marca de tiro no lado da cabeça e, sobre sua perna, a polícia encontrou uma arma calibre 38, que foi recolhida para perícia ainda ontem. Também foram apreendidos o aparelho celular da vítima e munições da arma, que passarão por perícia.

À Polícia Civil, Arteiro disse que Chagas vinha reclamando de problemas de saúde, como diabetes e problemas na visão, mas que não aparentava estar depressivo, nem deu sinais de que poderia se matar. O funcionário afirmou ainda que, pouco antes do ocorrido, ele e o ator haviam conversado normalmente. O funcionário, então, relatou que saiu da casa por volta das 16h e, quando voltou, já o encontrou sem vida. A polícia não confirmou, porém, se Chagas teria deixado algum bilhete ou carta. Segundo a análise do corpo, o tiro entrou pelo lado direito da cabeça, atravessou o crânio e saiu pelo lado esquerdo.

Além de Arteiro, outros dois funcionários viviam na casa com o ator - um auxiliar de idosos e uma cozinheira -, mas eles não estavam no local no momento em que o fato ocorreu. Por ter sido a pessoa a acionar a PM, Arteiro foi submetido a um exame residuográfico (o procedimento é padrão em casos de investigação de morte).  A Polícia Civil deve colher novos depoimentos na próxima semana.

O corpo de Chagas foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Guaratinguetá na madrugada deste sábado, e deve ser cremado no cemitério Parque das Flores, em São José dos Campos. Ainda não há informações sobre a cerimônia, que deve ser restrita à família e aos amigos mais próximos. O horário da cremação ainda não foi definido. O caso foi registrado no 2° Distrito Policial (DP) de Guaratinguetá.

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