As fortes chuvas que incidiram na manhã do último sábado, 19, não
desanimaram os estivadores, católicos, baianas, integrantes de blocos afros e
candomblecistas devotos de São Sebastião. Os fieis se concentraram na sede
do Sindicato dos Estivadores, na Avenida dois de julho, assim que as chuvas
deram uma trégua e, no ritmo dos tambores e músicas de raízes africanas,
realizaram o cortejo. Guiados pelo Trio Poeirão, percorreram o Centro
Histórico, passando pela Rua da Linha, Avenida Soares Lopes, até a catedral,
onde as baianas lavaram com água de cheiro e flores a escadaria, pedindo
proteção e bênçãos ao padroeiro, realizando o ponto alto da festa.
Embora tímidos, por conta das chuvas, os turistas que apreciaram a
festa se deixaram contagiar pela animação dos devotos, e até arriscavaram
alguns passos de dança. Foi o caso da paulista Caroline Silva, 26 anos. “O
som te leva a dançar de qualquer jeito, é muito bom”. Para ela, a história e a
força dos fiéis para manter viva a cultura são símbolos de crença e fé. Já a
empresária de Goiânia Lúcia Fátima Alves, que visita a cidade pela primeira
vez, ficou encantada com as baianas. “É muito bonito e diferente. Fiquei
impressionada com a alegria das senhoras de idade dançando”.
O cortejo que homenageia o padroeiro dos estivadores e machadeiros
faz parte do calendário de eventos culturais de Ilhéus. O festejo contou com
a presença do vice-prefeito, Carlos Machado (Cacá), o secretário de turismo,
Alcides Kruschewsky e o chefe de gabinete, Victor da Veiga.
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