O promotor Gerrie Nel acusou nesta terça-feira o atleta
paralímpico sul-africano Oscar Pistorius de "disparar e matar", de forma
premeditada, "uma mulher inocente e desarmada", em referência à
namorada do corredor, a modelo Reeva Steenkamp, informou a emissora
local eNCA.
Segundo o relatório lido pelo promotor, há indícios de
que Pistorius disparou contra sua companheira através da porta do
banheiro, onde Reeva, 29 anos, teria se escondido após uma discussão. A
versão de Nel apontou que o corredor biamputado se levantou da
cama, colocou suas próteses, caminhou 7 metros e atirou em sua namorada.
Pistorius apresentou-se hoje ao Tribunal da Magistratura
de Pretória, onde o juiz Desmond Nair decidirá se o atleta terá direito
ou não à liberdade mediante pagamento de fiança. O atleta chegou a
chorar durante a audiência, que viu a defesa reforçar a tese de que a
morte da modelo não teria sido premeditada.
De acordo com a legislação da África do Sul, o atleta,
que poderá ser condenado à prisão perpétua se for declarado culpado,
deverá demonstrar "circunstâncias excepcionais" para obter o benefício
da fiança.
Desde quinta-feira Pistorius permanece sob custódia
policial na delegacia do Brooklyn, em Pretória. Nesse mesmo dia, a
polícia sul-africana acusou formalmente o atleta por ter assassinato a
sua companheira, que foi encontrada morta com quatro disparos na casa de
Pistorius.
A audiência de hoje coincide com o funeral de Reeva
Steenkamp, uma cerimônia privada na cidade de Port Elizabeth, no sul do
país.
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