O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
da Câmara, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), pediu desculpas
públicas por declarações que possam ter ofendido os homossexuais e os
negros. Na primeira sessão da comissão sob seu comando, ele pediu um
voto de confiança.
"Neste momento importante para a nação brasileira, nesta
douta comissão, peço a todos e a todas que se sentiram ofendidos por
alguma colocação minha, em qualquer época, peço as mais humildes
desculpas, e coloco meu gabinete à disposição", disse Feliciano,
garantindo que a comissão trabalhará de forma "propositiva e
transparente".
"Peço a todos um voto de confiança. Estou exercendo o
meu mandato, que me dá direito de assumir a presidência desta comissão",
ressaltou Feliciano, após protesto de manifestantes defensores dos
direitos dos homossexuais e dos negros.
Desde o início da tarde, a sala da comissão está lotada
de manifestantes pró e contra Marco Feliciano. Ao entrar na sala, o
deputado, que é pastor evangélico, foi aplaudido e vaiado. Devido a
dificuldade de ouvir o som, por causa do barulho dos manifestantes,
Feliciano pediu para que as pessoas se comportassem e que volume do som
fosse aumentado.
"Peço a todos que se comportem. Todos têm o direito de se manifestar",
disse. Em processo de obstrução, deputados do PT questionaram o quórum
mínimo para abertura dos trabalhos. A reclamação, no entanto, não foi
atendida pelo presidente. A sessão segue em clima tenso e a exibição de
um vídeo foi suspensa devido a dificuldade de ouvir o som dentro da
comissão.
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