A tinta branca sobre o nome TWB Bahia nas placas do Terminal de São
Joaquim já era um sinal de mudança: hoje, a empresa maranhense
Internacional Marítima assume o Sistema Ferry-Boat, após 174 dias de
intervenção do governo do estado.
O contrato emergencial entre o
governo e nova operadora do ferry é de seis meses. Nesta transição,
cerca de 180 dos 580 funcionários que eram da TWB e foram demitidos não
serão recontratados porque, segundo estimativa da Internacional, não
teriam função.
“Se não tenho serviço para oferecer, por que ter comissárias de bordo?
Aqui tinha também tripulação para 10 ou 12 embarcações, mas só temos
cinco operando”, disse o diretor-presidente da Internacional, Luiz
Carlos Cantanhede, durante o anúncio oficial da extinção do contrato com
a TWB, feito pelo vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto
Alencar.
O presidente do Sindicato dos Mestres de Cabotagem da
Bahia e Sergipe, que representa os funcionários do ferry, foi procurado
para comentar as demissões, mas não retornou as ligações do CORREIO.
Mudanças
A
Internacional também estuda mudanças no sistema. “Eu acho até que não
tem que ter horário (fixo de saída). Além disso, tinha um problema de
gratuidade exacerbada, além dos idosos que a lei garante”, destacou
Cantanhede. Segundo a Agerba, a gratuidade é para crianças menores de 5
anos e pessoas com deficiência física.
Para o diretor-executivo
da Agerba, Eduardo Pessôa, não há nada no regulamento da agência que
impeça a extinção do horário fixo. “Isso não vai acontecer durante o
emergencial, mas é uma nova modelagem que estudamos, para diminuir a
ociosidade”, disse.
Usuário assíduo do ferry, o assessor Jucival
Andrade dos Santos, 29, não gostou da ideia. “E se não houver demanda de
passageiros, o ferry não saí? Isso não existe”.

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