A Justiça boliviana negou nesta terça-feira o pedido de relaxamento da prisão preventiva dos 12 torcedores do Corinthians
acusados de envolvimento na morte do garoto Kevin Beltrán, atingido por
um sinalizador na partida de sua equipe, o San Jose, contra o time
brasileiro. Após longa audiência, a juíza Virginia Colque determinou que
eles continuem detidos.
O advogado Michel Blancourt e um diplomata brasileiro
participaram da sessão. Além de reclamar do tratamento recebido pelos
alvinegros, a defesa alugou uma casa em Cochabamba para que eles
pudessem ter residência no país e responder em liberdade.
Com os corintianos mantidos na penitenciária de San
Pedro, o imóvel não será utilizado. A expectativa é que a investigação
leve ao menos meio ano, motivo pelo qual a defesa deverá tentar que a
Justiça reconsidere a acusação. Caso contrário, os torcedores seguirão
presos até o julgamento.
A juíza responsável pelo caso não levou em conta a
confissão de um menor de 17 anos associado à Gaviões da Fiel, que se
apresentou à polícia em Guarulhos. O depoimento não consta no inquérito e
nem foi considerado na tentativa de apelação apreciada nesta terça.
Antes da negativa de liberdade dos corintianos,
torcedores voltaram a protestar em frente ao Consulado da Bolívia. "Não é
mole, não, alô, Bolívia, libera os irmão (sic)", cantaram os
manifestantes, que também gritaram o nome dos 12 presos, sem
sensibilizar as autoridades.

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