O Partido Social Cristão (PSC) na Câmara dos Deputados
confirmou nesta terça-feira o nome do deputado Pastor Marco Feliciano
(SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa.
Tradicionalmente, o colegiado trata de questões ligadas aos direitos de
homossexuais. Por isso, grupos ligados a entidades de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBTT) se preocupam
em deixar a comissão sob o comando de um pastor evangélico - com
posições claramente contrárias aos direitos adquiridos por essa parcela
da população.
Deputados do PT, Psol e PCdoB estudam uma maneira de
barrar a eleição de Pastor Marco Feliciano na presidência do colegiado,
que está marcada para as 14h desta quarta-feira. O grupo ainda não
definiu qual será a estratégia. Entre os parlamentares que lutam contra a
indicação do pastor para presidir a CDH estão Érica Kokay (PT-DF), Jean
Wyllys (Psol-RJ), Chico Alencar (Psol-RJ) e Manuela D'Ávila (PCdoB-RS).
A CDH é composta por 18 deputados.
Feliciano pede, inclusive, explicações ao Ministério da
Saúde sobre viagens internacionais feitas por servidores da pasta para
pesquisa e acompanhamento de programas sobre aborto seguro. O deputado
também solicita à ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT) -conhecida
defensora da causa gay - que explique a necessidade de criação do comitê
LGBTT no âmbito do ministério e quais os benefícios que o grupo pode
trazer para a sociedade.
O pastor também propôs a criação do Programa Nacional
“Papai do Céu na Escola”, a obrigatoriedade do ensino religioso em
escolas públicas e disponibilização, em bibliotecas públicas, de edições
da bíblia, inclusive com impressão em braile. Marco Feliciano tenta,
ainda, proibir a veiculação de anúncios de prostituição em jornais e
revistas de livre circulação.

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