No texto, Santa Cruz ressalta que a OAB "respeita - e,
sobretudo, defende - a liberdade plena e irrestrita de imprensa" e que
as opiniões do advogado "não refletem, em hipótese nenhuma, a posição
institucional da Ordem".
Na ocasião, Barros acompanhava os protestos a convite da
Polícia Militar e disse que os manifestantes tinham todo o direito de
exigir a saída da equipe da emissora. "Eles têm o direito a se
manifestar contra a mídia. A mídia mente sobre as manifestações. Ela
também precisa fazer uma autocrítica, a revolta é contra o sistema",
afirmou durante a passeata. "Eles não podem agredir, mas podem expulsar,
sim", acrescentou.
Os jornalistas da TV Globo tiveram que deixar a
cobertura, e um carro da emissora, mesmo descaracterizado, foi chutado
por algumas pessoas. Outros jornalistas que trabalhavam no ato foram
ameaçados por parte de manifestantes. A OAB-RJ ainda não decidiu se
André Barros vai ser afastado da Comissão ou receber algum tipo de
punição por parte da entidade. Ele deve ser ouvido pelo presidente
Felipe Santa Cruz.
Leia a íntegra da nota da OAB-RJ:
Sobre as opiniões em relação ao trabalho da mídia feitas por um advogado da Comissão de Direitos Humanos durante as manifestações ocorridas no último domingo, dia 30, no entorno do Maracanã, a Ordem dos Advogados do Brasil / Seção do Rio de Janeiro (OAB/RJ) esclarece que respeita – e, sobretudo, defende – a liberdade plena e irrestrita de imprensa. Portanto, tais opiniões não refletem, em hipótese nenhuma, a posição institucional da Ordem. Desde sua criação, a OAB tem longo histórico de luta contra a censura e contra o silêncio imposto pela repressão que teve sua mais repugnante representação na famigerada ditadura. Foi graças à liberdade de expressão que o país obteve conquistas significadas para o florescimento, a manutenção e a constante evolução da democracia. A OAB/RJ reitera este compromisso junto à sociedade: de resguardar, a todo custo, a livre expressão e da imprensa.
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