"As Forças Armadas consideram que o povo do Egito está
nos pedindo apoio, não para tomar o poder ou governar, mas servir ao
interesse público e proteger a revolução. Essa é a mensagem que os
militares receberam de todos os cantos do Egito", afirmou Sisi.
Logo após o pronunciamento, Mursi, disse, em seu perfil
no Facebook, que as "medidas anunciadas pelas Forças Armadas representam
um golpe militar rejeitado por todos os homens livres da nação". No
Twitter oficial da presidência, o líder deposto pediu que os egípcios não aceitem o golpe, mas que resistam pacificamente para evitar o derramamento de sangue.
Logo após o anúncio, as milhares de pessoas reunidas
na praça Tahrir - símbolo da revolução de 2011 que derrubou a ditadura
de Hosni Mubarak - explodiram em festa. Fogos de artifício iluminaram o
céu no centro do Cairo e em toda a capital egípcia. "O povo e o Exército
estão do mesmo lado", gritaram os manifestantes na praça, em meio ao
barulho das buzinas e cânticos, segundo uma testemunha ouvida pela
agência Reuters.
No bairro de Nasr City, onde milhares de partidários de
Mursi o apoiavam, reinou o silêncio. Informações dão conta de que
soldados e veículos militares cercavam o local para evitar
enfrentamentos com manifestantes opositores, reunidos principalmente na
praça Tahrir. Em comunicado, o exército disse que não toleraria a
violência. O canal de TV da Irmandade Muçulmana, grupo do ex-presidente,
saiu do ar após o pronunciamento do general.
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