"Você tenta acalmar, passar tranquilidade, pede para que
 mantenha o foco, mas todos saíram exaltados e chateados", afirmou o 
treinador. Aos 11min do primeiro tempo, Douglas bateu falta na entrada 
da área com perfeição e, claramente, a bola ultrapassou em totalidade a 
linha do gol.
Após ter aberto o placar, enfim, com Fellipe Bastos, aos
 36min, após passe açucarado de Douglas, o Flamengo empatou na sequência
 com Elano, de falta, em outro lance polêmico em que a bola, pelas 
imagens das câmeras de TV, nitidamente também entrou. A questão "um 
peso, duas medidas" revoltou os atletas que cercaram o árbitro Eduardo 
Guimarães exigindo a presença da PM em campo.
"E isso acaba de uma maneira ou de outra interferindo. 
Até você acalmar demora. Tínhamos que ter mantido a concentração, mas 
não deixa de inteferir, sim, no comportamente dos jogadores", reiterou 
Adílson Baptista, que não quis tecer mais comentários sobre o lance, 
deixando a responsabilidade para o diretor de futebol do clube, Rodrigo 
Caetano.
Indagado sobre a necessidade de implementação da 
tecnologia para evitar erros como esse, o dirigente defendeu, 
primeiramente, a profissionalização do setor e afirmou que fará uma 
representação junto à Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, mesmo 
sabendo que "não vai dar em nada".
"Se a gente discute aqui preço do ingresso, segurança 
nos estádios etc, infelizmente, a única ponta que não é profissional é 
quem tem controle dos 90 minutos de jogo. Se existe punição para todos 
nós, por que não para os árbitros. Eu não lembro de árbitro ser julgado.
 Fica afastado, volta e vida que segue", reclamou o dirigente vascaíno.
"As 17 mil pessoas viram que foi gol, e tantos outros em
 casa. Antes da tecnologia, eu gostaria que a arbitragem fosse 
profissional, com o bônus e ônus da profissão", disparou ainda - 
colocando em cheque a figura do árbitro adicional. Na imagem congelada, 
fica claro que Leonardo Cavaleiro, o auxiliar que deveria validar o gol,
 estava devidamente posicionado, mas não chamou a responsabilidade do 
lance.
"Essa função já está em cheque há muito tempo. Já se 
discutiram chip na bola, um monte de coisa. É algo que deveria ser 
repensado. O fato de eles estarem ali acarreta ônus. Antes pagávamos 
pelo borderô quatro árbitros, agora são seis. Já temos tantas 
dificuldades financeiras. Se ainda viesse para o bem. Lamento muito", 
finalizou o dirigente.

 
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