O técnico sul-coreano Kim Jong Pyo, 52 anos, que morreu em um acidente nas obras do metrô de Salvador, na última quinta-feira, estava na cidade há apenas oito dias. De acordo com o cônsul da Coreia do Sul em Salvador, Ademar Lemos, Kim trabalhava no grupo Hyundai há 32 anos.
“Era muito experiente e havia descido para a linha do trem, para fazer testes. Quando estava entre o trilho e o trem, recebeu a descarga elétrica”, disse Lemos. O corpo de Kim continua no Departamento de Polícia Técnica (DPT) — a liberação só deve acontecer na próxima semana, quando familiares do técnico chegam ao Brasil.
Por conta do acidente, uma equipe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado (SRTE-BA) interditou, ontem, as operações de testes que vinham sendo feitas no metrô. Segundo o chefe do setor de Segurança e Saúde do órgão, Flávio Nunes, o acidente pode ter sido causado por falha no equipamento ou por algum procedimento da empresa. Após a interdição, o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) instaurou um inquérito civil para apurar o caso.
“Vamos aguardar o relatório da SRTE e o embargo continua até a empresa regularizar a situação”, disse o coordenador de 1º grau do órgão, Bernardo Guimarães, referindo-se à Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), responsável pela obra. O inquérito tem prazo de um ano, podendo ser prorrogado.
Ainda na manhã de ontem, enquanto a SRTE fazia a vistoria na estação do Acesso Norte, onde houve o acidente, operários paralisaram as atividades por duas horas. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção (Sintepav), Adalberto Galvão, eles exigiam mais segurança. A CCR não emitiu posicionamento até o fechamento da edição.
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