quarta-feira, 21 de maio de 2014

Laudo inocenta babá e conclui que bebê morreu após cair de cama

A delegada Letícia Alaor, da 1ª Delegacia Territoria de Feira de Santana, descartou a responsabilidade da babá Geane Oliveira Santos, 23 anos, na morte de uma criança de um ano e um mês. O laudo realizado por peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) concluiu que o bebê morreu vítima de um traumatismo cranioencefálico. Segundo a delegada de Feira de Santana, Letícia Alaor, a lesão foi provocada após a criança cair da uma cama. Os pais da criança acusavam a babá pelos ferimentos.
O bebê foi internado no último dia 28 de março, em Feira de Santana. Nesse dia, a mãe, Viviane Pereira Freitas, levou a criança para um posto de saúde no bairro de Feira X e, em seguida, a levou para o Hospital Estadual da Criança na mesma cidade. Nas duas unidades médicas, a mulher declarou que a filha havia caído de uma cama da sua casa. A menina morreu no dia 7 de abril.

Segundo a delegada Letícia Alaor, apenas três dias depois da internação a Viviane acusou a babá de ter espancado a menina: "Quando o bebê deu entrada no hospital, ela comentou apenas da queda da cama. Dia 31, ela veio para a delegacia e prestou queixa dizendo que o bebê teria sido vítima de espancamento. A versão do espancamento só surgiu quando houve o agravamento da condição de saúde da criança", explica a delegada.

Após denunciar o caso na delegacia de Feira de Santana, Viviane argumentou que a criança havia caído da cama, mas as lesões que provocaram o internamento do bebê foram provocadas pelas agressões da babá. No entanto, a delegada indica que houve contradições nos depoimentos do pai e da mãe. "Enquanto a mãe diz que o pai teria presenciado o momento em que a criança caiu do móvel, ele nega", afirma Alaor.

A delegada também aponta falhas na maneira como os pais conduziram o socorro da criança. Segundo ela, a queda da cama aconteceu por volta de 10h30 do dia 28 de março, mas apenas durante a noite do mesmo dia o bebê foi encaminhado para uma unidade médica. "A mãe ainda tirou a filha do posto de saúde de Feira X e levou para o Hospital Estadual da Criança sem avisar a ninguém", denuncia Alaor.

A delegada ainda não finalizou o inquérito do caso e ainda não concluiu se deve indiciar os pais da criança por lesão corporal culposa, na forma omissiva, pois não considerou que houve intenção de provocar sua morte.
Mesmo sem responsabilidade na morte do bebê, Geane também pode ser indiciada: "Quando interrogada, ela disse que já havia dado tapas e beliscões, mas nada compatível com um traumatismo cranioencefálico", esclarece Letícia, que deve encaminhar o inquérito finalizado ao Ministério Público.

Nenhum comentário: