A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (9) que é preciso ter "razões para um impeachment" que não um "terceiro turno". Para ela, este "terceiro turno das eleições" não pode ser aceito a não ser que se deseje "uma ruptura democrática".
"Eu acho que há que se caracterizar razões para um impeachment, e não um terceiro turno das eleições", disse a presidente durante ato que marcou a sanção da Lei do Feminicídio, em Brasília.
A fala da presidente acontece depois de registro de "panelaços" em protesto durante o pronunciamento feito por Dilma na TV e rádio na noite de ontem. O protesto foi registrado em algumas capitais brasileiras e há manifestações contra Dilma marcadas para este final de semana por todo Brasil, inclusive Salvador.
Para a presidente, as manifestações são normais, mas a tentativa de forçar este "terceiro turno" eleitoral não. "O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou. Houve o primeiro e houve o segundo turno. O terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro (...) não pode ocorrer a não ser que você queira uma ruptura democrática", afirmou a presidente.
Antes de Dilma, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que as manifestações de ontem aconteceram em cidades que o PT perdeu as eleições e que eram normais. Mercadante pediu que o resultado das eleições seja respeitado. "No Brasil só tem dois turnos. Não tem terceiro turno (...) Nós vencemos as eleições pela quarta vez e isso precisa ser reconhecido", afirmou o ministro.
Manifestações contra governo
Para Dilma, as manifestações deste final de semana terão "as características que tiver seus convocadores", mas em si não representam "nem a legalidade e nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia".
A presidente disse ainda que não acredita que a população torça por um "quanto pior melhor" em seu governo. "Os que são a favor do quanto pior melhor não têm compromisso com o país", acredita.
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