
Os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e de Relações  Institucionais, Alexandre Padilha, entregaram hoje ao presidente do  Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), o 
projeto de Lei Orçamentária para 2011, que contempla os recursos que nortearão o primeiro ano de mandato do 
futuro  presidente da República. O texto mantém a regra de reajuste do salário  mínimo aplicada nos anos anteriores e fixa o valor da remuneração em R$  538,15, segundo Bernardo.
O projeto  estipula ainda um crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB)  relativo a 2011. Mas Bernardo ressaltou que esse porcentual pode subir  para 5,5% em novembro, quando o Ministério do Planejamento revisar os  índices. O reajuste do salário mínimo leva em conta o crescimento real  do PIB de dois anos anteriores mais a inflação. Como o PIB de 2009 ficou  negativo em 0,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística (IBGE), o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),  senador Tião Viana (PT-AC), queria propor a correção pela média de  crescimento do PIB de 2008 e 2009, o que elevaria o valor para R$ 550.  No entanto, o governo vetou a iniciativa. Adiantando-se  às críticas das centrais sindicais, que ainda vão pressionar o governo  para elevar esse valor, Paulo Bernardo disse que o reajuste será  compensado em 2012, porque o crescimento do PIB estimado para 2010 é de  7%.
Outra novidade é que a meta de superávit primário (economia  para o pagamento dos juros da dívida pública) de todo o setor público  deve ser inferior aos 3,3% do PIB inicialmente previstos. Isso porque a  LDO fixou a meta em valor nominal, equivalente a R$ 125,5 bilhões. Mas,  diante do crescimento da economia, esse valor já corresponde a 3,2% do PIB.
 
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