Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, chorou ao lembrar os cães
apreendidos pela Polícia Civil na época em que foram feitas varreduras
na casa dele em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O
ex-policial afirmou que seis animais morreram no centro de zoonoses,
para onde foram levados após a apreensão. Bola voltou a negar que tenha
matado Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, e dado aos cães
Rottweiler partes do corpo dela.
"Meu cachorro nem comia carne de boi, juro", disse Bola. "Apenas
um adulto e um filhote sobreviveram. Os que não morreram (no centro de
zoonoses) voltaram debilitados", afirmou. Bola contou que os sete
filhotes de Rottweiler que tinha valiam R$ 3,5 mil, "vendendo barato",
segundo ele.
Os cães foram apreendidos pela Polícia Civil para verificar se
havia vestígios do sangue. Segundo o primo de Bruno, que deu detalhes do
crime, Eliza teria sido morta na casa do ex-policial e partes do corpo
dela foram dadas aos cães.
Durante o depoimento de mais de cinco horas, Bola também reclamou
da ação da policia. Segundo ele, durante as buscas, os policiais
fizeram buracos nas paredes e piso e "não voltaram nem indenizaram a
minha família". Desde segunda-feira, o ex-policial é julgado pela morte
do carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2000. Segundo o
processo, Bola teria matado a vítima por encomenda, já que ele não a
conhecia.
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