O detento Jaílson Alves de Oliveira, que depôs nesta terça-feira como
testemunha de acusação no julgamento do Caso Bruno em Contagem (MG),
confirmou em juízo que ouviu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, dizer,
dentro da cadeia, que matou Eliza Samudio e que jogou suas cinzas na
água. Segundo Jaílson, o ex-policial teria dito a ele que "só encontram a
Eliza se os peixes falarem. Ela foi queimada no 'micro-ondas' (fogueira
com pneus) e as cinzas jogadas numa lagoa".
A testemunha também confirmou que Bola contou que mataria cinco pessoas
envolvidas com o julgamento, entre elas a juíza Marixa Fabiana, com a
ajuda do traficante carioca Nem. Segundo Jaílson, o ex-policial afirmou
que Nem devia favores a Bruno.
Durante o julgamento, o detento também denunciou que foi ameaçado pelo
goleiro dentro da penitenciária Nelson Hungria na semana passada.
Jaílson afirmou que, na última terça-feira, estava em seu banho de sol
na entrada da enfermaria quando Bruno passou com um agente para seguir
para a psiquiatria. Segundo o detento, neste momento o atleta o ameaçou,
dizendo: "Ô Jaílson, o que é seu está guardado, sua hora vai chegar,
você mexeu com a pessoa errada".
Jaílson afirmou para a juíza que, se precisasse, "falava na cara de
Bruno agora (durante o julgamento)". Com a permissão da magistrada, o
detento se virou para Bruno e questionou. "Você não me ameaçou?". O
goleiro, surpreso, respondeu: "Nem te conheço, parceiro".
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