Quatro médicos de Jequié, a 358 km de Salvador,
foram acionados pelo Ministério Público acusados de improbidade
administrativa depois de abandonarem ou deixarem de comparecer a
plantões de emergências no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), que
fica na cidade.
Segundo o promotor de Justiça Marcos Santos Alves
Peixoto, os obstetras Evandro Célio Néri Novaes, Adroaldo Raimundo da
Silva Freitas e Bruno Souza de Araújo, além do clínico geral Joaquim
Mendonça de Oliveira, deixaram de cumprir suas escalas de plantão no
hospital sem apresentar as devidas justificativas.
Por conta da ausência dos médicos e da falta de
atendimento, muitos pacientes precisaram ser transferidos para outros
hospitais. Um bebê chegou a morrer por conta da situação, segundo o MP.
Os médicos, que eram servidores públicos contratados
pelo hospital, além de perder a função poderão ter seus direitos
políticos suspensos e pagar uma multa civil de até cem vezes a
remuneração que recebem. Os profissionais podem ter que pagar por
indenização por dano moral coletivo o valor de R$ 500 mil, que seria
depositado no Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Segundo a ação, o setor de obstetrícia do HGPV ficou
totalmente sem médicos, tendo sido necessário que os sete pacientes
internados e não atendidos no plantão anterior fossem transferidos para
o Hospital de Ipiaú. Além destes pacientes, outras 12 mulheres em
trabalho de parto deram entrada na unidade durante as 24 horas, sendo
que uma já chegou em estado avançado e foi transferida imediatamente
para o Hospital de Ipiaú onde foi submetida a uma cesariana de
emergência. O recém-nascido precisou ser reanimado, porem não resistiu e
foi a óbito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário