Surgiu como azarão e terminou campeão. Na 10ª edição da Copa do
Nordeste, que retomou a participação efetiva dos times grandes da
região, foi um tradicional, mas nanico clube do interior da Paraíba que
levou o caneco.
Ainda sem vaga garantida na Série D do Brasileirão, o
Campinense venceu mais uma vez o ASA-AL, que disputa a 2ª divisão
nacional: 2x0.
Diante
dos 20 mil torcedores que lotaram o acanhado estádio Amigão, em Campina
Grande, o clube não se valeu da vantagem — conquistada na primeira
partida, em Arapiraca, no domingo anterior, quando venceu por 2x1 — de
poder perder por 1x0.
Fez valer o seu mando de campo, onde não
levou gols durante toda a competição, marcou mais dois gols e sagrou-se
campeão com placar agregado de 4x1.
O time paraibano entrou em
campo embalado pela festa da torcida e partiu para cima. Sem grandes
atributos técnicos, os atacantes Jéfferson Maranhense e Zé Paulo se
destacavam pela vontade, mas esbarraram em boas defesas do goleiro
Gilson.
Com uma aposta nos contra-ataques em velocidade, o ASA
teve suas melhores chances pela esquerda, com o atacante Wanderson. Sem
inspiração, os dois times terminaram o primeiro tempo sem marcar.
O
jogo se resolveu logo no primeiro minuto da segunda etapa. Jéfferson
voou na bola cruzada na área e marcou de peixinho. O segundo tento foi
apenas aos 34 minutos, depois de uma enxurrada de chances para os
paraibanos. Dedé entrou na área em velocidade e tocou para Ricardo
Maranhão, livre, marcar. Mas a essa altura a festa já tinha começado:
aos 26 minutos, a torcida não conteve o grito de campeão.
Após
97 anos de fundado, o Campinense ganhou ontem o maior título de sua
história — o primeiro regional. “É muito importante para um jogador
fazer gol em uma conquista de título. Essa torcida apoiou bastante. O
título é deles”, comemorou Jéfferson, que havia marcado também na
primeira partida.
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