sexta-feira, 1 de março de 2013

Deputados baianos pedem fim do 14º e do 15º salários na Assembleia

Cerca de R$ 2,5 milhões ao ano a menos nas contas pessoais dos deputados baianos. Dinheiro que sobra na Assembleia Legislativa e pode ser devolvido ao estado, revertido em obras e melhorias para a população. Essa é a soma do 14º e 15º salários que os 63 parlamentares baianos têm direito, benefício que entrou ontem na berlinda, a reboque da aprovação do projeto que acabou com a boquinha extra no Congresso Nacional. 

Semana que vem, oposição e base aliada sentarão para discutir a apresentação de um projeto de emenda constitucional (PEC) para acabar com o benefício. Sem remar contra a maré, a unanimidade dos deputados ouvidos pelo CORREIO, que até então recebiam a grana extra sem reclamar, afirmou ser a favor da igualdade de direitos com os demais cidadãos brasileiros, que só recebem o 13º salário. 

“Tudo vai mudando, não é? O que vimos no passado não serve agora mais. Tudo é o momento, e agora a pressão é grande da sociedade”, constatou o deputado Reinaldo Braga (PR), que se diz favorável ao corte. “É uma grande oportunidade de limpar a imagem do político baiano, de mostrar que não estão em busca de regalias, mas de trabalho e de ajuda ao povo”, defendeu Uziel Bueno (PTN). 

Tratado como irreversível pela maioria dos parlamentares, o corte de dois salários anuais virou motivo de ciumeira, já que alguns, ao perceber o apelo popular do tema, foram aos holofotes da tribuna da Assembleia.

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