Cerca de R$ 2,5 milhões ao ano a menos nas contas
pessoais dos deputados baianos. Dinheiro que sobra na Assembleia
Legislativa e pode ser devolvido ao estado, revertido em obras e
melhorias para a população. Essa é a soma do 14º e 15º salários que os
63 parlamentares baianos têm direito, benefício que entrou ontem na
berlinda, a reboque da aprovação do projeto que acabou com a boquinha
extra no Congresso Nacional.
Semana que vem, oposição e base aliada sentarão para
discutir a apresentação de um projeto de emenda constitucional (PEC)
para acabar com o benefício. Sem remar contra a maré, a unanimidade dos
deputados ouvidos pelo CORREIO, que até então recebiam a grana extra sem
reclamar, afirmou ser a favor da igualdade de direitos com os demais
cidadãos brasileiros, que só recebem o 13º salário.
“Tudo vai mudando, não é? O que vimos no passado não
serve agora mais. Tudo é o momento, e agora a pressão é grande da
sociedade”, constatou o deputado Reinaldo Braga (PR), que se diz
favorável ao corte. “É uma grande oportunidade de limpar a imagem do
político baiano, de mostrar que não estão em busca de regalias, mas de
trabalho e de ajuda ao povo”, defendeu Uziel Bueno (PTN).
Tratado como irreversível pela maioria dos
parlamentares, o corte de dois salários anuais virou motivo de ciumeira,
já que alguns, ao perceber o apelo popular do tema, foram aos holofotes
da tribuna da Assembleia.
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