Mizael Bispo de Souza foi condenado a 20 anos de
prisão em regime fechado nesta quinta-feira (14) pela morte de Mércia
Nakashima. A decisão foi lida no final da tarde de hoje pelo juiz
Leandro Cano, após os jurados terem decidido que as circunstâncias em
que a vítima foi assassinada não caracterizariam um acidente, como
alegou a defesa do réu.
O comportamento de Mizael durante o julgamento
também foi levado em consideração como um agravante para a pena
definitiva. O juiz considerou que o ex-policial não falou a verdade
durante o seu depoimento: "A mentira tem por escopo enganar os jurados",
disse, explicando que por ter deliberadamente tentado convencer os
jurados a partir de declarações inverídicas, ele recebeu um acréscimo em
sua pena.
Sobre as qualificações do homicídio, Leandro Cano
afirmou que o caso foi caracterizado por motivo torpe, fútil e realizada
através de meio cruel. Declarou ainda que não se tratava de amor o
sentimento que Mizael nutria por Mércia, mas um "delírio de posse". Por
desvio de caráter, Mizael recebeu um acréscimo de mais um ano em sua
pena.
O juri popular foi encerrado por volta de 17h40 no
Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, e durou quatro dias. Mizael
escutou a sentença quieto e de olhos fechados. Familiares de Mércia
Nakashima estavam presentes ao julgamento e assim que o juiz Leandro
Cano terminou a leitura, a irmã da vítima, Claudia, gritou "assassino" e
"maldito" para o condenado.
O promotor Rodrigo Merli Antunes acredita que a
punição tenha sido justa e a defesa já apelou da decisão, mas familiares
da vítima disseram que a pena foi branda. Mizael já estava preso desde
24 de fevereiro de 2012 e Rodrigo admite que depois de oito anos, Mizael
poderá ir para regime semi-aberto.

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