segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CBF pede saída de promotor que investiga caso Lusa, mas MP nega

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu o afastamento do promotor Roberto Senise Lisboa em relação ao inquérito civil que investiga o descumprimento do Estatuto do Torcedor no caso que resultou no rebaixamento da Portuguesa à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), entretanto, negou o requerimento da entidade que rege o futebol brasileiro.

A CBF fez seu pedido alegado que, ao dar entrevistas sobre a polêmica do "tapetão", o promotor “se deixou envolver pela maré de irracionalidade movida por torcedores da Lusa e pela incitação de jornalistas ávidos de escândalos que animem o público”. Ainda segundo a entidade, Senise extrapolou os meios que a Lei Orgânica do MP impõe para a publicidade dos procedimentos instaurados pelos promotores de Justiça.

O pedido da CBF foi recusado pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fernando Elias Rosa. "A leitura das matérias jornalísticas publicadas revela que, como presidente do inquérito civil, o DD. Promotor de Justiça apenas se reportou aos motivos de fato e direito que expressamente constaram da portaria de instauração do inquérito civil, acrescentando ao responder sobre onde poderiam chegar as investigações", justificou o procurador.

"A arguente (CBF) não apontou, e menos ainda demonstrou, concretamente, qualquer motivo fundado para o reconhecimento da impossibilidade de atuação do arguido (promotor de Justiça) na investigação que se realiza por meio do inquérito civil”, acrescentou Rosa.

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