De forma surpreendente, o presidente Eurico Miranda apareceu na sala de imprensa de São Januário, nesta sexta-feira, e não deixou por menos o que ele classificou como um confronto do comandante do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios). Para o mandatário, o tenente-coronel João Fiorentini tenta dar conta do que não lhe cabe, para compensar as obrigações que não consegue cumprir.
Eurico explicou que foi notificado pelo Ministério Público através de relatório, organizado pelo comandante, sobre incidentes que teriam ocorrido na partida contra o Bangu, em São Januário, no dia 28 de fevereiro. Além disso, Fiorentini indicou, em ofício enviado diretamente ao presidente do clube, a contratação de stewards – seguranças, dentro do campo, de costas para o gramado e de frente para a área social do estádio. O setor teve o vidro retirado a pedido dos próprios sócios, por atrapalhar a visão do jogo, e, já contra o Resende, nesta quinta-feira, houve seguranças fazendo o serviço, mas fora do campo.
– Eu me apressei em vir aqui porque, no meu entendimento, o coronel está extrapolando as suas funções. Talvez pelo fato de não ter tido controle, não ter encontrado solução, ele esperava que, por parte do clube, não fossem tomadas providências. Foram tomadas antes dele. Principalmente em relação a problemas que podem surgir – problemas dele, não do Vasco. O Vasco deixou bem claro que, em relação à Força Jovem, o clube não reconhece. Da parte dele, ele recebe os integrantes das diversas facções pra direcionar como entrar. Se a torcida está suspensa, como ele recebe? Um negócio que não dá para entender – reclamou.
As exclamações de Eurico são pela tentativa de aproximação do comandante com organizadas do Vasco e Fluminense, antes do jogo entre as equipes, no dia 22 de fevereiro. Houve confrontos, o mandatário, por esta razão, lembrou a suspensão que as torcidas haviam recebido.
– Mas esse coronel… Todos sabem que eu não dou ingressos. Se havia uma prática de dar ingressos aqui, eu não dou em hipótese alguma. Tive cuidado de, em relação à Força Jovem, depois que ela foi suspensa, emitir nota dizendo que o Vasco não reconheceria enquanto houvesse suspensão e conflitos internos. E, não entendendo as torcidas como suspensas, o coronel chama os bondes, dizendo que uns vêm de um jeito, outros vêm de outro. Não sei se é fruto do fato de eu não dar os ingressos, e estão acontecendo manifestações (de organizadas), leva a ele fazer relatórios absolutamente falsos daquilo que vem acontecendo no estádio – acrescentou.
As ocorrências que teriam ocorrido no jogo contra o Bangu incluem uma pessoa ingerindo bebida alcoólica (segundo Eurico, o caso foi registrado), entre outros fatos também contestados pelo presidente. E ainda ressaltou a soberania do Vasco sobre o que acontece nos seus domínios.
– Eu recebi a intimação e vou responder item por item, como é obrigação, às indagações do Ministério Público. Mas ele ficou procurando. Especificamente, no jogo contra o Bangu, disse que entraram 160 pessoas sem ingresso. Primeiro que não é competência dele. Segundo que isso aqui não é só um estádio de futebol. Tenho atletas residentes, devidamente identificados, funcionários. Ele se deu ao luxo de contar, para dar a entender que estamos agindo erroneamente – concluiu. Informações do Portal Lancenet.
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