terça-feira, 31 de agosto de 2010

Na Bahia, Paulo Souto diz que ainda acredita em segundo turno


O candidato ao governo Paulo Souto (DEM) diz que ainda espera disputar o segundo turno na Bahia, embora as principais pesquisas mostrem uma margem de vantagem ampla para o petista Jaques Wagner (PT), que concorre à reeleição. A última pesquisa Vox Populi/A Tarde divulgada no dia 29 apontava o petista com 46% das intenções de voto, enquanto o democrata aparecia com 17%, seguido de Geddel Vieira Lima (PMDB), com 11%.

"Estamos no caminho de buscar o segundo turno, onde a eleição assume características diferentes. Temos 30 dias para as eleições e vamos mostrar a verdade do que está acontecendo na Bahia", apostou o democrata, em entrevista nesta terça-feira (31) à TV Itapoan/Record. Souto entende que "saber a verdade" seria a principal maneira de o eleitorado reverter o cenário apontado nas pesquisas.

Souto ainda criticou o governo Wagner que, segundo ele, não deu continuidade aos seus projetos por "birra". Os principais jornais da capital baiana estampam imagem de quatro vítimas, sem passagem pela polícia, mortas após operação da policia militar no bairro de Nordeste de Amaralina. "Tínhamos o projeto Viva Nordeste que envolvia toda a comunidade e diminuiu os índices de criminalidade (na região). O governo acabou por birra", comentou.

O democrata não deixou, entretanto, de fazer "mea culpa" quando o assunto era educação no estado. Ele disse que, apesar de ter expandido o ensino médio para todo o estado e ter diminuído a defasagem idade/série dos alunos, faltou melhorar na qualidade do ensino.

Dilma Rousseff
Souto disse ainda que não teria dificuldades em manter uma boa relação com a presidenciável Dilma Roussef (PT), caso a candidata fosse eleita presidente da República. "Eu tive uma boa relação com o presidente Lula", ressaltou.

O candidato, porém, disse que se colocaria contrário a projetos que julgasse contrários ao interesse do Estado, como a transposição do Rio São Francisco. Ele avalia que a Bahia perderá água para estados como Rio Grande do Norte e Ceará, quando populações ribeirinhas ainda não têm água.

O democrata disse que Wagner não se opôs à transposição para não se indispor com o PT. "Eu sou do Democratas, mas no momento que meu partido ficar contra a Bahia, eu fico contra o meu partido", comentou. Souto ressaltou ainda que, em seu governo, programas de Lula, como o Bolsa Família e o Luz para Todos, tiveram bom desenvolvimento no Estado.

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