
Depois do porre de alegria, a ressaca. E que ressaca! Do êxtase pela conquista do hexa, há pouco mais de oito meses, até agora, a torcida rubro-negra fez somente desaparecer do Maracanã. Embora apaixonada e fiel, sente o delicado momento do clube, dentro e fora das quatro linhas, e, descontente com tudo que rola na Gávea, faz da ausência o seu protesto.
A perda do Império do Amor; a prisão do goleiro Bruno, ex-capitão da equipe, por suspeita de envolvimento na morte de Eliza Samudio; e a demora em formar um time condizente com as tradições de um hexacampeão brasileiro são algumas das razões que fizeram o rubro-negro abandonar o Maracanã.
Em seu templo, o flamenguista, até agora, tem a menor frequência, desde 2006, em Campeonatos Brasileiros. Naquele ano, apenas 15.711 rubro-negros, em média, compareceram ao Maracanã, quando o Flamengo foi mandante. Este ano, nos oito jogos que disputou no estádio, a média foi de 19.928 torcedores, número inferior aos obtidos em 2007, 2008 e 2009. A média melhora se levar em conta os jogos em que o Fla foi mandante (excetuando-se os clássicos em que era visitante).
Sabedor de que o Maracanã sempre foi um importantíssimo aliado do Flamengo nas principais conquistas, Rogério Lourenço já exigiu mudança de comportamento da equipe no estádio. Segundo o treinador, os adversários terão de suar sangue, se quiserem roubar um mísero pontinho do Rubro-Negro em casa.
Léo Moura lembra que a torcida, principalmente nos momentos mais difíceis, sempre foi a mola propulsora para o clube se reerguer, ainda mais em épocas de crise: – Aqui, o Flamengo é mais forte.
Sabemos que a torcida não tem comparecido, porque o time tem oscilado. Temos de mudar a postura. Não podemos vender facilmente a derrota. Precisamos ter atitude de quem defende o título.
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