Quando Luiz Inácio Lula da Silva comemorou na avenida Paulista sua primeira vitória nas eleições presidenciais, em outubro de 2002, o PT contava com pouco mais de 828 mil filiados em suas fileiras. Um Bolsa Família, um mensalão, uma reeleição e uma “marolinha” depois, a legenda superou os rivais PSDB e DEM no número de integrantes: tem 1,4 milhão de petistas de carteirinha para reforçar a campanha da presidenciável Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.
Ao longo dos quase oito anos de administração petista, o partido deixou os dois principais opositores para trás. De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no dia do comício da vitória de Lula, o PSDB tinha pouco mais de 1,04 milhão de integrantes, ante 1,02 do DEM, ex-PFL. Em abril deste ano, segundo os dados mais recentes do órgão, tucanos e democratas contavam, respectivamente, com 1,3 milhão e 1,1 milhão de filiados.
Apesar de oficiais, os números estão sujeitos à falta de atualização dos próprios partidos, alertaram especialistas ouvidos pelo UOL Eleições. “O PT tem oito anos no governo federal, com ampla participação de militantes do partido em cargos de confiança. Portanto, esse crescimento, que não chegou a dobrar a sigla, não parece exagerado”, avalia o consultor político Amaury de Souza, da MCM.
Para a cientista política Maria do Socorro Braga, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), o crescimento da legenda pode ser atribuído, entre outros fatores, à chegada do partido à Presidência e ao PED (Processo de Eleição Direta), no qual os dirigentes petistas são escolhidos em votação dos filiados. O PT é a única entre as principais siglas brasileiras a usar esse sistema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário