terça-feira, 3 de agosto de 2010

Retrospecto favorece Santos na Copa-BR


Mesmo na primeira final de Copa do Brasil, o Santos já poderá contar com um retrospecto favorável para a decisiva partida contra o Vitória, nesta quarta-feira, às 21h50, no Barradão. Dos finalistas que venceram a primeira partida – foram dez, das 21 edições –, apenas três saíram derrotados.

O retrospecto é amplamente favorável, 70% de aproveitamento, dos que saem em vantagem no primeiro jogo. Com um bom placar, após a vitória por 2 a 0 na última quarta-feira, na Vila Belmiro, o Peixe agora poderá contar com o histórico de campeão para a conquista inédita.

Fluminense, em 1992, contra o Internacional; o Palmeiras, em 1998, contra o Cruzeiro; além de Corinthians, em 2008, também contra um time nordestino, o Sport, servem como exemplos negativos e como alerta para o Santos.

Para ser campeão, o Peixe pode ser derrotado por até dois gols de diferença, mas desde que marque pelo menos um gol – derrota por 2 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

Na última edição, o Corinthians venceu no Pacaembu o Internacional pelo mesmo placar, 2 a 0, e acabou campeão com um empate no Estádio Beira-Rio. Coincidentemente, o rival também havia sido campeão do Paulistão.

A equipe, agora, tem mais um motivo para entrar no seleto hall dos campeões da Copa do Brasil.

Peixe foi humilhado no último jogo

O Santos guarda péssimas recordações da última vez em que esteve no Barradão. No primeiro turno do Brasileirão do ano passado, o time levou uma goleada histórica do Vitória: 6 a 2 – com 28 minutos, os baianos já venciam por 4 a 0.

O Peixe era comandado por Vagner Mancini. O técnico foi demitido após a delegação voltar para Santos. E o ônibus que conduzia os jogadores foi recebido pela torcida com ovos e pipoca.

Do atual elenco do Santos, jogaram aquela partida o volante e lateral Pará e os meia Paulo Henrique Ganso – que marcou um gol – e Madson. Pelo Vitória, estavam o goleiro Viáfara, os zagueiros Wallace e Anderson Martins e o meia-atacante Elkeson.

Não à toa, o técnico Dorival Júnior fez os jogadores treinarem cobranças de pênaltis – a final será decidida assim, caso o Vitória vença por 2 a 0.

Salvador viu excursão da máquina dos cem gols

A cidade de Salvador foi palco da primeira grande excursão do Santos, dezessete anos após sua fundação. Em 1929, o mítico “time dos 100 gols” foi convidado para inaugurar os refletores do Campo da Graça que, na época, era o principal estádio utilizado pelos clubes baianos. O jogo, contra o Clube Bahiano de Tênis, acabou 4 a 2 para os santistas.

A equipe ganhara fama por ter marcado nada menos do que cem gols em 16 partidas (média de 6,25 gols/jogo) do Campeonato Paulista de 1927 – que, no entanto, foi conquistado pelo Palestra Itália. Na época, jogavam pelo Peixe o atacante Feitiço, quinto maior artilheiro da História do clube, com 216 gols marcados, e o meia Araken Patusca, oitavo maior artilheiro, com 177 gols.

– Aquele time era constantemente convidado para inaugurar estádios. Foi munido dessa fama que viajou de navio e zarpou para a Bahia. Com uma campanha invicta (quatro vitórias e um empate), deixou ótima impressão e depois voltou em 1936 e 1939 – conta Guilherme Nascimento, historiador do clube praiano.

Em 2010, o ataque santista já ultrapassou a marca de cem gols, porém com uma média bem mais modesta. Foram 133 gols marcados em 48 partidas (2,77 por jogo). O artilheiro da equipe no ano é Neymar, que balançou redes 29 vezes.

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