Em discurso em prol da candidatura pela reeleição do
presidente do PT, Rui Falcão, o ex-presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva demonstrou nesta terça-feira irritação com a apatia da
classe política frente às críticas da imprensa. Para ele, político
honesto deve ser “combativo”.
“A imprensa fica 24 horas por dia esculhambando com o
político. Eu fico puto porque os políticos não reagem, fico puto da vida
porque eles ficam tão quietos enquanto eles (imprensa) ficam
xingando a classe política”, afirmou o ex-presidente a correligionários.
“Não é aceitando que eles estão certos pura e simplesmente, não”,
acrescentou, dizendo que não quer “formador de opinião ditando regra”.
Lula aproveitou a plateia de petistas e afirmou que está
faltando alguém para “levantar o moral da tropa” - tarefa que ele disse
ter desempenhado sempre após passada a tristeza pelas derrotas
eleitorais em 1989, 1994 e 1998. Ao se lembrar que começava o ano
seguinte ao pleito viajando pelo Brasil, o ex-presidente incentivou os
petistas a falarem com o povo: “mais pé na estrada e menos bunda na
cadeira”.
Em outro momento do discurso, Lula admitiu que “teve momento em que pessoas nossas (do PT) cometeram
desvios”, mas garantiu que é “o preço de ser o maior partido de
esquerda a América Latina”. O ex-presidente rebateu opositores e disse
que eles não se dão conta que a legenda é maior.
“Eles cometem um erro infantil de quem não conhece o PT
nem o Brasil. Às vezes criticam o Lula, achando que vão destruir o PT.
Às vezes eles criticam a Dilma, achando que vão destruir o PT”, afirmou.
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