A um ano e meio da Olimpíada, a presidente quer passar as principais decisões sobre o evento para a Casa Civil, nas mãos de Aloizio Mercadante, um dos nomes fortes de seu governo.
Para comandar a Autoridade Pública Olímpica, estatal que ajuda a cuidar dos preparativos para os Jogos do Rio, deseja ainda alguém de sua inteira confiança, como o petista Edinho Silva, tesoureiro da campanha da própria Dilma.
Os Jogos do Rio já foram alvo de sérias críticas do Comitê Olímpico Internacional, descontente com os seguidos atrasos na organização, embora negados pelo comitê da Rio-2016, que diz que tudo está dentro do cronograma.
Membros do comitê, no entanto, mostram preocupação com a situação das empreiteiras no escândalo Petrobras, já que elas são as responsáveis pelas principais obras dos Jogos.
Eles tentam trabalhar com equipes técnicas dos ministérios e das secretarias estadual e municipal de Esporte, já que não tiveram boa impressão não só do ministro do Esporte, mas também de Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, nomeado para a Secretaria de Esporte e Lazer do Estado do Rio. Cabralzinho, vale lembrar, é recém-formado e, com 23 anos, tem pouca experiência de trabalho.
Em compensação, dizem que a relação com Eduardo Paes, prefeito do Rio, é das melhores.
Já sobre a poluição da Baía de Guanabara, alvo de críticas dos velejadores e de reportagens negativas mundo afora, o comitê insiste que ela foi reduzida em 80% e que até o início dos Jogos a baía estará em condições perfeitas para a prática do iatismo.
Sobre o legado lembra que boa parte das estruturas e das instalações é temporária, que o preço dos ingressos foi reduzido para facilitar o acesso aos Jogos, mas diz que não é possível garantir que não haja problemas depois como o que aconteceu com o Engenhão depois do Pan.
Principal obra dos Jogos de 2007, o estádio municipal foi interditado no ano retrasado por problemas estruturais e risco de desabamento devido aos ventos fortes.
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