segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

PF acha na Itália menina sequestrada em Cuiabá há 2 anos

Uma menina que foi sequestrada na casa dos pais adotivos em Cuiabá há quase dois anos foi localizada pela Polícia Federal na Itália. Ida Verônica Feliz, atualmente com dez anos, está na cidade de Cassola, região de Vicenza. Ela estava com os pais biológicos, que são os suspeitos de terem tramado o sequestro. A operação teve apoio da polícia italiana.

O casal foi condenado no Brasil por tráfico de drogas e perdeu a guarda da criança. Desde que tinha três meses de vida, a garota morava com a família adotiva. Ela nasceu na República Dominicana, filha de uma mãe natural de lá e de pai italiano. Daniela Siqueira encontrou a garota abandonada no hotel em que era camareira, em Cuiabá, e a levou para casa. Depois, conseguiu a guarda da menina na Justiça, que foi criada como sua irmã.

"Nunca havíamos perdido a esperança de que ela fosse localizada. Vamos fazer de tudo agora para tê-la conosco novamente, para que ela volte ao lar que é dela. Estamos muito felizes", disse à Folha Online Tarsila Gonçalina de Siqueira, 58, mãe adotiva de Ida.

Agora, no entanto, caberá à Justiça da Itália decidir o destino da garota.

Sequestro
Ida foi sequestrada em 26 de abril de 2013, depois de quase oito anos vivendo a família adotiva. Um homem armado entrou na casa quando estavam somente a menina e Daniele. Dias depois, a família recebeu ameaças por mensagens para que deixasse de investigar o caso.

A mãe biológica de Ida, Élica Isabel Feliz, 37 anos, também teria enviado mensagens afirmando que a menina estava bem na Itália. Ela e o italiano Pablo Escarfulleri, 46 anos, perderam além da guarda de Ida a de outro filho, Pietro, depois de serem condenados em 2007 por tráfico de drogas. Em 2010, depois de Élida cumprir pena, Pietro, que tinha 4 anos, foi levado do abrigo em que vivia, na cidade de Tubarão (SC). A suspeita é de que os pais biológicos também estavam por trás do sumiço. A criança nunca foi localizada.

O italiano foi expulso do Brasil em 2009, mas a suspeita é que ele tenha vivido mais no país, ilegalmente.

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