Um ambiente de alegria reinava nesta segunda em várias zonas curdas da Síria, depois que seus combatentes conseguiram expulsar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) da cidade de Kobane, após mais de quatro meses de combates, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em nota, o Comando Central dos Estados Unidos (CentCom) confirmou que as forças curdas conseguiram retomar o controle de cerca de 90% da cidade.
"A guerra contra o grupo Estado Islâmico (EI) está longe de terminar, mas seu fracasso em Kobane priva o EI de um de seus objetivos estratégicos", declarou o comunicado.
Esta derrota - boa parte dela sofrida pelo EI na Síria - foi anunciada no mesmo dia em que Bagdá comunicou a libertação da província de Dijalah, no leste do Iraque, até então em mãos do grupo extremista.
"Kobane libertada, felicitações à humanidade, ao Curdistão e ao povo de Kobane", escreveu em sua conta no Twitter o porta-voz da milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), Polat Can.
O OSDH afirmou que os curdos controlam "totalmente" Kobane, símbolo da resistência contra o EI desde a ofensiva lançada pelos jihadistas, em 16 de setembro, para conquistar a cidade.
A milícia curda das YPG "expulsou todos os combatentes do EI", disse a ONG, com sede em Londres, com base em sua ampla rede de informações na Síria.
"Já não há combates na cidade, e os jihadistas recuaram nos arredores de Kobane", relatou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
"Os curdos continuam perseguindo combatentes escondidos no extremo leste da cidade, em particular, no bairro de Maqtala", completou.
A notícia da vitória em Kobane chega depois de mais de quatro meses de luta feroz entre os jihadistas e os combatentes curdos, que receberam apoio aéreo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Desde o início dos ataques, mais de 1.800 pessoas morreram, entre elas mais de mil jihadistas, segundo o OSDH.
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