O ex-presidente do Santos e um dos principais apoiadores de Modesto Roma Júnior durante a campanha eleitoral, Marcelo Teixeira, admitiu nesta sexta-feira, em entrevista à ESPN Brasil que emprestou dinheiro novamente ao Santos, desta vez para quitar dois meses de salários atrasados dos quatro que estavam em débito com os jogadores.
De acordo com o atual mandatário do clube, Modesto Roma, quando quitou os dois meses que estavam em atraso, o dinheiro teria vindo das cotas de televisão referentes ao Pay Per View, no entanto, Teixeira admitiu que, primeiro, o clube usou dinheiro emprestado por ele mesmo.
- O presidente me disse que receberia um dinheiro através de um recurso do Pay Per View, mas precisava adiantar os valores. Aceitei. Diante do fato, não houve ônus, nem exigimos nada, pois era apenas um aporte financeiro, um socorro para saldar compromissos. E quando entrasse o dinheiro ele seria repassado para nós, o mesmo valor. Socorremos o Santos e ele pagou parte dos salários e pelo menos cumpriu parte para que não ficasse prejudicado e perdesse mais direitos federativos de jogadores.
- De fato, é notória a crise que o Santos vive um momento gravíssimo. Mas notamos todo o empenho da diretoria nesse momento e ao estar empossada vimos que ela tem boa vontade de colocar o pagamento em dia. O presidente Modesto Roma já confidenciou que o clube tem problemas de antecipações de receitas, pois o Santos não consegue créditos na praça que possibilite contratos de empréstimo em banco.
A situação é ruim, existe uma série de providencias adotadas mas que exigiria tempo. O presidente Modesto me procurou e disse que gostaria de pelo menos cumprir com dois salários e pagamentos de alguns impostos atrasados para dar tranquilidade ao grupo e que pudesse deixar de ter uma avalanche maior de jogadores na Justiça, comprometendo até o número de jogadores do elenco - afirmou Marcelo Teixeira em entrevista à ESPN, após o site revelar o aporte.
Antes do empréstimo, o Santos tinha uma dívida com o Santos de R$ 15 milhões com Teixeira, referente ao período em que Marcelo esteve presidindo o clube, entre 1991 e 1993, e entre 2000 e 2009. Segundo o ex-mandatário Odílio Rodrigues, o primeiro empréstimo foi necessário para fechar a conta.
Na última quinta-feira, Modesto negou que o Alvinegro precisasse do dinheiro da família Teixeira e que não recorreria a isso.
- Não é uma possibilidade a ser considerada. O Santos tem que andar com suas pernas. O Marcelo é um cara de uma grandeza e postura irrepreensível. Amigo meu, amigo do Santos muito mais. O Marcelo tem tido uma colaboração imensa, mas o Santos tem que aprender a andar com as próprias pernas. Não pode mais usar muletas. Não pode mais ficar dependendo de mecenas. O Santos é uma entidade séria e responsável. Lugar de pedir dinheiro emprestado é no banco.
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