Após o crime, Gilson Luiz Sholles também se enforcou. O corpo de Gilson foi avistado por um vizinho, que chamou a Guarda Municipal da cidade. Ao chegar no local, a polícia descobriu que o homem filmou toda a ação com a câmera de seu notebook, que foi apreendido para perícia.
Ainda no local do crime, foi apurado que os pais das crianças tinham se separado há cerca de um mês e o homem não se conformava com o fim do relacionamento. No início deste ano, a mãe das duas crianças registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Pinhais, relatando ameaças de morte que havia sofrido por parte do ex-marido.
A Justiça havia determinado, na semana passada, uma medida protetiva limitando o encontro do pai com as filhas e com a ex-mulher. De acordo com testemunhas, antes da concessão da medida protetiva, o pai passou um dia com as filhas sem nenhum problema e, por conta disso, a mãe teria permitido que o ex-marido ficasse com as crianças no domingo.
A polícia vai investigar como Gilson encontrou as duas meninas no dia do crime. Os corpos das crianças serão sepultados nesta segunda-feira (19) em Piraquara, também na região metropolitana de Curitiba.
Antecedentes
De acordo com informações da polícia, Gilson Luiz Sholles, 43 anos, tinha passagem pela prisão. Há onze anos o homem foi preso por homicídio. Na ocasião, ele matou o então cunhado. Após o crime, Gilson procurou uma clínica psiquiátrica alegando ter um quadro depressivo e pensamentos suicidas. Na época, Gilson foi encaminhado para o Complexo Médico Penal, onde ficam os presos que possuem problemas de saúde.
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