Neste domingo (29), a candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, negou que já se discuta a divisão de cargos entre os partidos da base aliada em um possível governo seu. A ex-ministra também se recusou a citar prováveis nomes de ocupantes de cargos, caso seja eleita. "Sinceramente, nenhum partido da base colocou essa questão (divisão de cargos ao governo) na mesa. Isso é politicamente e eticamente incorreto. Isso é colocar os carros na frente dos bois. Eu e a coordenação da campanha desautorizamos a especulação de nomes para ocupar cargos no governo", enfatizou.
Dilma classificou uma possível briga entre José Dirceu e Antonio Palocci, para ocupar o Ministério da Fazenda e Casa Civil como um "factoide". A presidenciável afirmou que, se for eleita, vai ampliar para o acesso da internet banda larga de 12 milhões para 40 milhões de pessoas. Segundo ela, isso será possível com o trabalho da Telebrás e o uso de fibras óticas. "Será uma rede mais atacadista. É um absurdo, porque no Brasil pagamos duas vezes e meia a mais pelo acesso com banda larga do que o valor pago no México. E a brasileira ainda é mais lenta", explicou.
Segundo Dilma, a expectativa é oferecer o serviço por um custo que varia entre R$15 e R$35 e levar até 2014 a banda larga a 27 capitais além de outros 4.200 municípios, a um custo de R$3 bilhões. Dilma também afirmou que vai estender o programa banda larga nas escolas. Atualmente, o objetivo do governo é terminar o ano de 2010, com 38 milhões de alunos atendidos pelo programa.
Questionada se iria reforçar a campanha nos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde ainda não é preferência, Dilma afirmou que vai dar toda a atenção a esses estados, mas não vai descuidar dos outros. Em tom descontraído, a candidata usou um jargão mineiro para dizer que vai tentar visitar seu neto assim que nascer. "Se der de jeito, como dizem os mineiros, vou curtir pelo menos um dia com meu neto", brincou.
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