Terminou sem grandes incidentes o primeiro dia de provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) em Salvador (BA). Na Universidade
Federal da Bahia (UFBA), um dos locais com maior número de salas do
exame na capital, os primeiros estudantes começaram a sair por volta das
16h. Para a maioria deles, a impressão era a mesma: a prova não foi tão
difícil como imaginavam, porém, o cansaço foi um inimigo importante.
Foi o caso das "treineiras" Fernanda Motta e Érica Rosa, ambas com 16
anos, colegas de sala no 2º ano do ensino médio no colégio Sartre COC.
"Eu achei uma prova bem elaborada, mas como eu esperava, as exatas
estavam bem difíceis. Achei química a pior", conta Fernanda, que
pretende conseguir uma vaga em odontologia em 2014. Érica, que quer
tentar a medicina, derrubou parte dos medos. "Eu achei que fosse muito
mais difícil. Agora tomei até mais coragem", disse.
Também foi para treinar que Fernanda Cavalcanti, 16 anos,
participou pela primeira vez do Enem nesse ano. O vestibular será só em
2013, mas ela quer ser engenheira ambiental e o curso da UFBA promete
grande concorrência. Ela contou que os simulados do Enem promovidos pela
escola ajudaram bastante. "Foi bem parecido com o que eu já tinha
feito, mas é claro que não tem a mesma pressão de quando for pra valer.
Estou fazendo antes pra não perder a oportunidades de me sair bem em
2013", explicou.
A amiga Flávia Mota, 17 anos, não teve a mesma chance. Está
fazendo o exame pela primeira vez para tentar uma vaga no curso de
psicologia da federal baiana. Ela chegou à Faculdade de Educação da
universidade muito tensa, e precisou usar os minutos iniciais da prova
para se acalmar. "Coloquei a cabeça no lugar e fiz uma boa prova, mas
realmente não faço ideia de como me saí. Nem quero ficar especulando."
Participando do Enem pela segunda vez, Fernanda da Silva, 18
anos, também quer cursar psicologia, mas admite que poderia ter se
preparado melhor. Depois de concluir o ensino médio em 2011, ela passou o
ano estudando apenas em casa e, mesmo assim, sem tanto empenho. "Vi
assuntos toda semana, mas tenho plena consciência de que poderia ter
feito melhor', confessa.
Para Fernanda, o maior complicador dessa edição é a opção da UFBA
em aceitar o exame como primeira fase do vestibular, o que aumentaria a
concorrência. "Saí tranquila da prova, mas não fui 100%. Agora tenho
que me preparar para amanhã, porque matemática e redação não serão
provas fáceis. Pelo menos, serão difíceis para todo mundo", avaliou.
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