domingo, 21 de abril de 2013

EUA: suspeito de Boston se recupera em meio a polêmica sobre direitos

O FBI (polícia federal americana) e a CIA esperam que Dzhokhar Tsarnaev, o suposto coautor dos atentados da última segunda-feira em Boston, apresente melhora em seu quadro clinico para interrogá-lo, previsivelmente sem o direito do mesmo permanecer em silêncio. Isso porque, no momento em que Tsarnaev foi detido na última sexta-feira, as autoridades não leram seus direitos básicos, conhecidos como "Miranda Rights", um fato que dão aos agentes a possibilidade de lhe submeter a um interrogatório mais profundo, no qual o jovem de 19 anos e de origem chechena não poderia se calar perante as perguntas.

No entanto, o estado de saúde do suspeito está atrasando os avanços da investigação, já que, segundo o FBI, o estado dele é grave. Neste fim de semana, a imprensa americana informou que Tsarnaev, que supostamente executou o atentado a bomba ao lado de seu irmão Tamerlan, que morreu na última quinta-feira durante a perseguição, sofreu lesões consideráveis na garganta, o que poderia deixá-lo incapacitado de falar.

Ao redor do caso se abriu todo um debate legal sobre a conveniência ou não de fazer uso desta exceção que a justiça americana adota em casos de segurança pública e também em torno da possibilidade de acusado ser tratado como um "inimigo combatente". O senador republicano Lindsey Graham sustentou hoje, como veio fazendo desde a detenção do jovem, que ainda é cedo demais para descartar a possibilidade de Tsarnaev ser tratado como "inimigo combatente", já que esta designação permitiria que os agentes federais realizassem um interrogatório muito mais profundo.

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