Comum entre os adeptos de personalização automotiva, a
prática de rebaixar o carro pode trazer sérios problemas. O procedimento
deve ser feito corretamente para evitar danos mecânicos e até gerar
multa.
O sistema de suspensão do carro tem como função básica
reduzir as irregularidades do solo e oferecer estabilidade durante a
condução. Ao alterar este conjunto, que é exaustivamente trabalhado nas
fábricas para priorizar o conforto dos passageiros, o motorista corre
uma série de riscos. Ao alterar a altura, o veículo perde em conforto,
transmitindo mais as irregularidades do solo.
Existem basicamente dois tipos de suspensões, as fixas e
as variáveis. As variáveis são permitidas somente nos carros que saem
assim de fábrica. Ou seja, elas não podem ser instaladas nos demais
veículos.
Na suspensão fixa, a alteração de molas e amortecedores
merece cuidado, pois o carro é fabricado para andar na altura
especificada pelo fabricante. Essa alteração não é recomendada pelos
fabricantes porque pode comprometer o funcionamento do veículo, causando
defeitos nos amortecedores, trincas na longarina e desgaste precoce nos
pneus.
Legalização
Mesmo não sendo recomendado pelas montadoras, o
rebaixamento podia ser feito e legalizado pelo Detran. Porém, o Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) suspendeu por 90 dias o prazo de
legalização de qualquer alteração na suspensão. A medida que entrou em
vigor em 30/08/2013 impede a regularização das modificações feitas nas
características originais do veículo, que antes eram permitidas. Até
dezembro estão canceladas as emissões do Certificado de Segurança
Veicular, documentação concedida pelo Inmetro que permite ao Detran
incluir no documento do carro as alterações da estrutura.
A justificativa do departamento é de que a proibição faz
parte de uma medida cautelar que “possibilitará no período de três
meses estudos mais acurados a respeito do tema”.
Caso seja flagrado andando com a suspensão adulterada e
sem autorização do Detran, o motorista pode ser multado. Essa
irregularidade é uma infração gravíssima e resulta em sete pontos na
carteira, além de multa no valor de R$ 191,54. O veículo é apreendido e
vai para depósito, podendo ser retirado somente após a realização de uma
série de avaliações.
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