terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Às vésperas da Copa do Mundo, prostituição infantil é preocupação em sedes

Com o Brasil às vésperas de sediar a Copa do Mundo do ano que vem, autoridades temem pela explosão da prostituição infantil. A indústria do sexo tende a migrar para as grandes cidades em eventos de grande repercussão, ao passo que profissionais tendem a recrutar prostitutas menores de idade para atender à demanda local e de torcedores estrangeiros.

"Estamos preocupados com o aumento da exploração sexual em cidades-sede (da Copa do Mundo) e em torno delas", disse Joseleno Vieira dos Santos, que coordena um programa nacional de combate à exploração sexual de crianças na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. "Estamos tentando coordenar esforços o máximo possível com os governos municipais e estaduais para entender a origem do problema."

A prostituição infantil é dirigida majoritariamente à demanda local no Brasil: mais de 75% dos clientes vêm do mesmo estado das vítimas (ou de estados próximos), segundo estimativas da secretaria. O turismo sexual envolvendo crianças é ativo em metrópoles litorâneas e aumenta em eventos maiores, como Carnaval e Reveillón.

Não será diferente na Copa do Mundo. As autoridades enfrentam um grande desafio diante de trabalhadores da indústria do sexo de todas as idades - além de pessoas que as controlam. A Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Apromig), uma organização que representa os trabalhadores do sexo no estado, está até mesmo oferecendo aulas grátis de inglês para as prostitutas de Belo Horizonte, sede da Copa do Mundo de 2014.

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