Com o Brasil às vésperas de sediar a Copa do Mundo do
ano que vem, autoridades temem pela explosão da prostituição infantil. A
indústria do sexo tende a migrar para as grandes cidades em eventos de
grande repercussão, ao passo que profissionais tendem a recrutar
prostitutas menores de idade para atender à demanda local e de
torcedores estrangeiros.
"Estamos preocupados com o aumento da exploração sexual
em cidades-sede (da Copa do Mundo) e em torno delas", disse Joseleno
Vieira dos Santos, que coordena um programa nacional de combate à
exploração sexual de crianças na Secretaria Nacional de Direitos
Humanos. "Estamos tentando coordenar esforços o máximo possível com os
governos municipais e estaduais para entender a origem do problema."
A prostituição infantil é dirigida majoritariamente à
demanda local no Brasil: mais de 75% dos clientes vêm do mesmo estado
das vítimas (ou de estados próximos), segundo estimativas da secretaria.
O turismo sexual envolvendo crianças é ativo em metrópoles litorâneas e
aumenta em eventos maiores, como Carnaval e Reveillón.
Não será diferente na Copa do Mundo. As autoridades
enfrentam um grande desafio diante de trabalhadores da indústria do sexo
de todas as idades - além de pessoas que as controlam. A Associação das
Prostitutas de Minas Gerais (Apromig), uma organização que representa
os trabalhadores do sexo no estado, está até mesmo oferecendo aulas
grátis de inglês para as prostitutas de Belo Horizonte, sede da Copa do
Mundo de 2014.
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