Entre os dias 15 e 17 de março a cidade de São Paulo
recebe o 14º Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, que, entre
outros temas, discutirá um assunto que pode interessar aos homens que
estão insatisfeitos com a grossura ou formato do pênis.
Trata-se da lipoescultura peniana, também conhecida como
cirurgia íntima masculina, indicada em casos de alterações anatômicas.
“Pode ser feita por pessoas que acham que o pênis não é compatível com o
seu biotipo”, explica a cirurgiã plástica Yhelda Felicio, que ressalta
que o procedimento não aumenta o tamanho, mas modifica a circunferência e
corrige distrofias.
Yhelda explica que o procedimento vem ganhando espaço
entre a comunidade médica brasileira devido à grande aceitação em outros
países, especialmente nos Estados Unidos. A cirurgia, que dura cerca de
uma hora, é feita por meio da injeção de gordura do próprio paciente.
A gordura é retirada com um seringa, de regiões como
abdômen, pernas ou outras partes do corpo onde há excessos. A
especialista explica que não é usado laser ou nenhum tipo de aparelho. A
gordura retirada é tratada e, na sequência, injetada no pênis. Yhelda
explica que a cirurgia é indolor, uma vez que é utilizada anestesia
peridural ou local, dependendo do caso. O procedimento deve ser feito em
hospital e o paciente fica no mínimo oito horas internado, por conta da
anestesia.
O pós-operatório exige cuidados especiais. Entre eles,
evitar banho de imersão, respeitar a quarentena para relações sexuais,
além de compressas de gelo no local, antibióticos e anti-inflamatórios
indicados para auxiliar na recuperação.
De acordo com a médica, o procedimento vem sendo
realizado no Brasil nas duas últimas décadas, mas sempre foi tema de
tabu. “Os médicos passaram a se interessar mais porque viram que é um
procedimento aprovado e satisfatório. De 20 anos para cá, surgiram
várias publicações a respeito do tema”.
Os principais benefícios estão ligados ao aumento da
autoestima. “De todas as cirurgias plásticas, a cirurgia íntima é a mais
gratificante. Porque existem pessoas que têm tanto problema com
complexos, que quando solucionam passam a ter mais segurança e se amar
mais”.
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