"Ela contou a mesma versão que o perito contratado
pela família dela divulgou", conta o advogado dos pais de Emanuel e
Emanuelle, Daniel Keller. A audiência, que teve início por volta das
14h30, foi breve e durou cerca de 40 minutos.
Além de Kátia, os advogados de acusação e defesa
também fizeram alegações finais sobre o caso. O próximo passo fica a
cargo do juiz Moacyr Pitta Lima, que decidirá se a médica vai a júri
popular. Após ser ouvida, Kátia Vargas retornou ao Conjunto Penal
Feminino, onde está desde o dia 17 de outubro.
"O juiz não tem um prazo final, mas a decisão sobre o
caso pode sair até a próxima terça-feira (17)", especula o
advogado Daniel Keller. "Particularmente, eu acredito que a decisão
dele será de que a médica deve ir a júri popular, mas a defesa dela
também pode recorrer. Ainda existe todo um processo antes de que o
julgamento dela seja marcado", conclui.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA), essa foi última parte da audiência de instrução — a primeira
fase do procedimento de júri. Para que ela vá a júri popular, é
necessário que o juiz decida que existiu homicídio doloso, quando há
intenção de matar.
Kátia foi denunciada em outubro pelo MP por duplo
homicídio qualificado — por causar perigo comum e pela impossibilidade
de defesa das vítimas.
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