A comissão designada pelo prefeito de Ilhéus,
Jabes Ribeiro, através do decreto 022/13, concluiu a auditoria na Secretaria de
Saúde que apurou, em caráter técnico, indícios de irregularidades praticadas na
administração passada, no exercício de 2012. O relatório, que indica evidências
de superfaturamento, desvios de verbas de programas e convênios, anulação e
inconsistências de registros contábeis, contratações irregulares de servidores,
entre outros, já foi enviado ao Denasus - Departamento Nacional de Auditoria do
SUS (Sistema Único de Saúde), a fim dar continuidade à apuração.
O
prefeito Jabes Ribeiro encaminhou o relatório também aos Ministérios Públicos
Federal e Estadual, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e
Tribunais de Contas da União, do Estado e dos Municípios. O presidente da
comissão, Carlos Pereira Neto, corregedor do município, afirma que também foi
constatado o aumento irregular da tabela de prestação de serviços do SUS,
chamado de extra SUS, com majoração de preço de mais de sete mil por cento.
O trabalho de auditoria contou com a
participação do corpo técnico da própria secretaria, sendo a comissão composta também
por José Antonio Ocké e Emerson Feitosa, respectivamente, superintendente e
contador do Fundo Municipal de Saúde, e pelo procurador jurídico
administrativo, Ítalo Assunção Cavalcante.
A comissão constatou variadas deficiências na
prestação dos serviços públicos no âmbito da saúde, como a inexistência de
registros contábeis, orçamentários, financeiros e administrativos. O relatório
preliminar indica desvio de verbas da Assistência Farmacêutica, uso indevido de
recursos da Média e Alta
Complexidade, apropriação indébita de recursos
descontados dos proventos dos servidores, desaparecimento de todos os contratos
de funcionários no período de março a dezembro de 2012, entre outras
irregularidades.
O relatório aponta que o funcionamento dos
postos médicos de saúde foi extremamente precário, no período, com atendimento
pleno em somente 15 a 20 por cento das unidades. Com relação à frota de 68 veículos,
incluindo os do SAMU, apenas 13 foram encontrados funcionando.
Por outro lado,
observou-se um aumento desproporcional das despesas com veículos alugados entre
junho a novembro do ano passado. A comissão constatou que até junho o gasto foi
de R$ 38.720,00, e de julho em diante o valor pago foi dez vezes maior, de R$
356.936,00.
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