Corinthians e São Paulo não param de duelar fora das quatro linhas.
Desta vez, os arquirrivais disputam nos bastidores a contratação do
zagueiro vascaíno Dedé. O Tricolor pretende atravessar a transferência
do defensor para o Timão.
No começo da semana, um dirigente são-paulino procurou o Vasco a fim
de tentar cobrir a proposta alvinegra. E o clube do Morumbi acredita
levar vantagem na batalha com o inimigo graças à qualidade dos jogadores
oferecidos ao Cruz-Maltino: o meia Cañete, o volante Maicon, o
lateral-esquerdo Cortez, o zagueiro João Filipe e o lateral-direito
Lucas Farias.
O quinteto defenderia o Vasco, por empréstimo, até o fim do ano. Os
cariocas ainda receberiam uma compensação financeira em troca de 45% dos
direitos econômicos do atleta — outros 45% são do Grupo DIS e 10%, de
empresários.
Interessado em Dedé desde o ano passado, o Corinthians já tem um
acerto financeiro com o DIS. As conversas com o zagueiro também
evoluíram bastante e o salário está praticamente definido. Porém, a
primeira lista alvinegra enviada aos Vasco não agradou. Ela contava com o
goleiro Júlio César, o lateral-esquerdo Ramon, o volante Willian Arão e
o atacante Elton.
Leilão à vista/ O Vasco já admite vender o zagueiro, de 24 anos, e o
oferece a clubes da Europa. A entrada do São Paulo no páreo é vista com
bons olhos, pois tende a inflacionar a pedida.
Inicialmente, o presidente Roberto Dinamite afirmava querer R$ 13
milhões, além do empréstimo de alguns atletas, para liberar o zagueiro. A
multa rescisória é de R$ 25,8 milhões, mas o Cruz-Maltino só tem
direito a 45% do valor (aproximadamente R$ 11,6 milhões).
O Vasco vem insistindo em pedir jogadores para reforçar o time, que
faz feio no Campeonato Carioca e seria um forte candidato ao
rebaixamento se o Brasileirão começasse hoje.
Dinamite admite perder zagueiro por falta de grana
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, já reconhece que a saída de
Dedé é iminente. A situação financeira do clube está péssima e o
zagueiro talvez seja o único jogador do elenco atual com alto valor de
mercado.
Vender os 45% que lhe pertencem ajudaria o clube a diminuir o
prejuízo e a pagar os salários atrasados dos atletas. O clube também vê o
negócio como uma chance de reforçar o time.
“Os aspectos financeiros do Vasco são delicados. A saída dele pode
acontecer. Eu não gostaria de vender o Dedé. Digamos que amanhã a gente
obtenha recursos, aí ele vai ficar. Mas, hoje, o clube só detém uma
parte dos direitos e essa decisão também cabe ao jogador”, falou
Dinamite ao programa “Só dá Vasco”.
O péssimo momento financeiro do Cruz-Maltino se reflete dentro de
campo. O time é o atual penúltimo colocado do Grupo A da Taça Rio, com
apenas quatro pontos em cinco partidas.
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