segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Advogado: ativistas do Greenpeace estão em condições desumanas

Os tripulantes do Greenpeace indiciados por pirataria por terem participado de um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico estão vivendo em "condições desumanas" na prisão e são transportados entre centros prisionais russos como "galinhas de uma granja ruim", afirmou um advogado esta segunda-feira. Na semana passada, autoridades russas indiciaram por pirataria os 30 tripulantes do navio Artic Sunrise, da ONG, entre eles, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, provocando uma onda de protestos em várias partes do mundo.

Os ativistas de 18 nacionalidades diferentes cumprem prisão preventiva de dois meses entre as cidades de Murmansk e Apatity, cerca de 2 mil quilômetros ao norte de Moscou e acima do círculo Ártico.

O advogado do Greenpeace Sergei Golubok afirmou durante entrevista coletiva hoje que muitos ativistas não tiveram acesso a água potável ou estão passando fome porque não conseguiram comer a comida das prisões. "Sua situação na prisão não pode ser chamada de outra coisa senão de desumana", afirmou a jornalistas Golubok, falando por videoconferência de Murmansk.
Os ativistas detidos em Apatity têm que fazer longas viagens em frias vans prisionais para as audiências em Murmansk, acrescentou. "Ali as pessoas são confinadas como galinhas de uma granja ruim", afirmou. "Ninguém recebe cuidados de saúde adequados", continuou, destacando que alguns ativistas não querem a comida da prisão por questões éticas e religiosas.

Os ativistas também se queixaram da vigilância constante de suas celas por câmeras de vídeo instaladas inclusive no banheiro, acrescentou. Centros de prisão preventiva, que são chamados na Rússia de Isoladores de Investigação (Sizo), não são muito diferentes das prisões comuns, conhecidas por condições degradantes e abusos.

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