Cada vez mais atletas conseguem juntar a coragem suficiente para assumir sua orientação sexual. Um dia após o promissor jogador de futebol americano universitário Michael Sam dizer à ESPN que é gay,
foi a vez de a zagueira Casey Stoney assumiu sua homossexualidade. Em
entrevista à BBC, a capitã da seleção da Inglaterra contou os motivos
para ter "saído do armário".
"Eu estava vivendo uma mentira. Eu nunca escondi no meio
do futebol, porque é aceito, mas para o mundo de fora eu nunca falei
sobre minha sexualidade", disse Stoney, que foi capitã da equipe
britânica nos Jogos Olímpicos de Londres e já jogou 116 partidas com a
seleção inglesa.
"Acredito que é muito importante me assumir como uma
jogadora gay porque existem tantas pessoas sofrendo por serem gays. Você
ouve sobre pessoas que tiram a própria vida porque são homossexuais.
Isso nunca deveria acontecer. Como eu posso esperar que as pessoas se
revelem se eu não estiver disposta a fazer a mesma coisa?", questionou.
A jogadora do time feminino do Arsenal contou que teve
como inspiração o saltador Tom Daley, que conquistou a medalha olímpica
de bronze em 2012 e que no último mês de dezembro publicou um vídeo em que se declarava homossexual.
A reação positiva do anúncio do atleta motivou Stoney. "Eu pensei:
'uau, o mundo está mudando e é minha vez de levantar e contar meu lado
da história'", disse a jogadora.
Outros jogadores de futebol assumiram sua orientação
sexual recentemente. O alemão Thomas Hitzlsperger, ex-jogador da seleção
da Alemanha e de equipes Stuttgart, Aston Villa, Lazio, West Ham e
Wolfsburg, anunciou no início de janeiro que é gay. Em 2013, o americano Robbie Rogers assumiu sua orientação sexual e se aposentou, mas foi chamado para jogar pelo Los Angeles Galaxy.
Stoney ainda criticou o fato de que Rússia e Catar terem
sido escolhidas como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022,
respectivamente. "Eu não irei para a Rússia ou o Catar para a Copa
porque não serei aceita lá", afirmou a inglesa.
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